DOENÇAS QUE PODEM ACOMETER SUA CALOPSITA
Aerosaculite
É uma doença que inflama os sacos aéreos e é extremamente perigosa para as aves. Os pássaros possuem pulmões relativamente pequenos, intimamente associados a bolsas membranosas de paredes muito finas, os chamados sacos aéreos. Esses sacos aéreos são em número variável e ficam distribuídos por todas as partes vazias do corpo das aves, inclusive dos ossos. Eles auxiliam na diminuição do peso, na regulação da temperatura corpórea, na aerodinâmica do voo (quanto mais desenvolvidos maior é a capacidade de voar), no canto e também fazem parte do mecanismo respiratório.
Nesse mecanismo respiratório os pulmões são sólidos, não inflam e nem desinflam, a respiração se processa mediante um contínuo movimento de ar e não tem “pausa” como nos mamíferos.
Elas inspiram o ar e na passagem dele pelo pulmão fazem a troca gasosa (gás carbônico por oxigênio), enchem os sacos aéreos ainda rico em oxigênio e antes mesmo de expirar esse ar, passam ele novamente pelos pulmões refazendo a troca. Assim, devido à falta dessa “pausa” tudo que é inalado atinge rapidamente o sistema interno.
O rompimento dos sacos aéreos é visível e geralmente ocorre na região do pescoço ou na clavícula. Ao se romperem, o ar dos sacos cervicais vai para o tecido subcutâneo da ave deixando ele inflado. Como esse tecido não tem a mesma proteção dos sacos aéreos, contaminações secundárias podem ocorrer. Geralmente esse rompimento causa um leve desconforto e na maioria dos casos é irreversível. Se deve adotar procedimentos preventivos para diminuir a possibilidade de infecção, porque dependendo da gravidade pode levar ao óbito da ave.
A aerosaculite deve ser evitada e tratada com toda atenção por quem possui Calopsitas e outros pássaros.
Causas
Traumas de causas variadas, desnutrição, esforço muito intenso associado à má nutrição, inalação de gases desprendidos de produtos químicos (desinfetantes, etc...), ácaros e agentes infecciosos como vírus, bactérias (Salmonella, Mycoplasma, etc...) e fungos (Aspergillus, Candida, etc...).
Sintomas
Nos casos agudos a ave fica abatida, perde o apetite, ocorre corrimento nasal e a respiração se torna difícil e ruidosa com o balanço da cauda acompanhando a respiração.
Nos casos crônicos a doença pode estar associada à apergilose (infecção causada por fungos) e ter longa duração, causando o emagrecimento e enfraquecimento geral da ave.
Tratamento:
Primeiramente é preciso conhecer a causa e administrar os medicamentos corretos. A medicina veterinária recomenda o uso de antibiótico de largo espectro, que somente podem ser receitados por um veterinário. (NÃO MEDIQUE OU REALIZE QUALQUER TIPO DE PROCEDIMENTO SOZINHO, PORQUE PODE SER FATAL!).
Além da administração de medicamentos se deve evitar correntes de ar, ambientes com muitas pessoas conversando e o manuseio excessivo da ave.
Alergias
Causa
Diversos produtos podem causar alergia em calopsitas como, por exemplo, detergentes, desinfetantes, perfumes e até alimentos industrializados.
Sintomas:
Os sintomas mais comuns são flatulência, inflamação da cloaca ou espirros frequentes. Quando a alergia ocorre na pele causa vermelhidão e coceira constante.
Tratamento:
É muito importante identificar e eliminar o agente causador da alergia. Lençol ou cobertor usado para cobrir o gaiolão ou viveiro, flores, plantas, sprays, produtos de limpeza, comida, fumaça de cigarro e fumaça em geral são as causas mais comuns.
Nos casos em que apenas a eliminação do agente causador não resolve o problema, a administração de medicamentos antialérgicos receitados por um veterinário se faz necessária.
Infecções virais
O Poliomavírus Aviário é um agente comum causador da morte dos filhotes de aves, incluindo Calopsitas. Afeta principalmente aqueles entre 2 semanas a 5 meses de vida. O principal sinal clínico é a morte súbita de aves com menos de 15 dias de vida e a transmissão ocorre por via inalatória (respiração). As aves começam a ficar virêmicas (apresentam o vírus no sangue) entre 7 e 10 dias de vida e os sinais aparecerão entre 10 e 14 dias de vida. Se não forem tomadas providências para a solução do problema no início da contaminação ocorrerá até 100% de morte dos filhotes no ninho. Nas reproduções posteriores, as mortes diminuirão, mas continuarão com uma taxa de mortalidade muito alta.
Depois de contaminar a ave o vírus se aloja nas penas, na pele, no fígado, no baço, no epitélio tubular renal (rins), no coração e no cérebro. A contaminação raramente é detectada a tempo de se evitar o contágio das outras aves.
A ave adulta que está infectada pode se mostrar saudável e não apresentar sintomas da contaminação. Nessa situação ela se transforma na portadora do vírus, e consequentemente, na transmissora dele.
Nos psitacídeos as infecções mais comuns são as subclínicas (sem manifestação de sintomas). Porém quando essas infecções começam a se manifestar, pode ocorrer morte súbita da ave entre 12 e 48 horas após a incubação do vírus, atraso no esvaziamento do papo (estagnação), regurgitação (vômito), diarreia, hemorragia subcutânea (edema) ou sangramento nos folículos das penas (canhão).
Para detectar esses vírus é necessário exame de sangue, exame de swab cloacal (exame da cloaca) e exame da cavidade oral (interior do bico). Esses exames devem ser feitos em aves que saem ou chegam aos criadouros.
Caso seja diagnosticado que a ave recém-chegada esteja contaminada, é de extrema importância que a realização da quarentena seja feita de forma correta, porque essa ave podem contaminar o novo ambiente.
Sintomas:
Perda de peso, infecções generalizadas, má formação das penas, falência renal, dilatação do coração, sinais gastrointestinais (vômitos e alteração nas fezes), sinais neurológicos (tremores e agitação), hemorragia subcutânea, incapacidade de digestão dos alimentos (papo estagnado) e morte.
Tratamento:
Essa doença não tem cura, mas as aves podem ser vacinadas ainda quando filhotes. A reprodução não é indicada, porque os filhotes quando nascem são portadores e transmitem a doença.
Infecções respiratórias
As infecções respiratórias são comuns nas aves, principalmente em regiões de baixa umidade.
Causas:
Aves mal alimentadas podendo ser causadas, também, por falta de vitamina A e C.
Sintomas:
Se a sua calopsita está espirrando com frequência e há secreção nas narinas, é sintoma de que ela está com problemas respiratórios. Muitas vezes o dono não percebe que seu amiguinho está com coriza, mas nota que o painço ou penugens estão grudando nas cavidades nasais. Quando isso ocorre é sinal de que sua ave está com coriza e precisa auxílio veterinário para tratamento, a observação é muito importante.
Um sintoma alarmante de problema respiratório é quando a calopsita respira com dificuldade balançando a cauda. Esse balanço de cauda pode ser identificado como uma espécie de “soquinho” no rabo. Ao perceber isso o dono deve levar a calopsita imediatamente, para um veterinário para diagnosticar a causa e iniciar de pronto o tratamento.
Os espirros podem ser causados por irritações e alergias talvez passageiras, mas também podem ser sinais de problemas respiratórios. Nesse caso, pode haver tosse e inflamação da garganta (mudanças no canto ou pio).
Se as penas acima das narinas ficam amarronzadas é sinal de que há secreção. Avalie se há motivo real, de preocupação. Este problema pode ser causado por sementes ou algum objeto que entrou nas narinas, irritação causada por aerossóis ou infecções.
Uma infecção respiratória tem como sinais:
Secreção nasal e ocular, penas eriçadas, letargia, arrepios e respiração ruidosa ou com dificuldade. Se há obstrução nas narinas, seja por alimento, objeto ou catarro, não tente retirar.
Tratamento:
Ao se tratar de problemas respiratórios é preciso ficar atento. Levá-la ao veterinário e, mesmo após ministrar os remédios, não deixá-la sozinha, principalmente, à noite. Após dar o remédio, tem que ficar observando, ficar perto, ouvir os sons e acudir, se necessário. São comuns relatos de medicar a ave à noite e, na manhã seguinte, encontrar ela morta. Podem ter se sufocado com catarro, ou ficado sem ar por causa das narinas entupidas. Quando há sufocamento é necessário colocar a ave no inalador. É extremamente importante não a deixar a ave sozinha em períodos de crise.
Nunca pingue nebulizadores nasais nas narinas de sua calopsita, pois, a maioria deles, é contra indicado para aves. Bico e pés quentes em aves é sintoma de febre, talvez em decorrência de gripe ou outra infecção respiratória.
Algumas Infecções Respiratórias que podem acometer sua calopsita:
Alergias:
As alergias podem causar vários tipos de problemas respiratórios, tais quais: rinite, sinusite, bronquite (asma), e podem acontecer em decorrência de ácaros, produtos de limpeza, pó, tinta, fumaça de cigarro e, até mesmo, por causa do pólen de árvores ou flores que estejam no ambiente.
Tratamento:
Como disse anteriormente, afaste os agente alérgicos. Não use perfumes. Não use nada que tenha cheiro. Afaste a ave de onde tenha fumaça. Não acenda incensos. Residências que possuem pisos de madeira e mesmo os pisos laminados requerem cuidados especiais, estes tipos de pisos escondem em suas junções um tipo de ácaro que afeta, principalmente, animais domésticos. Este ácaro pouco atinge ao ser humano, mas costuma causar estragos em nossos amiguinhos. Quando sua calopsita é alérgica você deve levá-la para tratamento veterinário e prestar sempre atenção, pois problemas alérgicos costumam causar quadros de gravidade respiratória que devem ser socorridos, imediatamente.
Rinite:
Assim como o ser humano as aves também têm rinite. Ela acontece, na maioria dos casos, por alergia. Se possível elimine carpetes, tapetes e cortinas, pois eles juntam muito pó. Muitos criadores para disfarçar problemas respiratórios em aves, acabam pingando nebulizadores nas narinas delas. Jamais pingue qualquer nebulizador nasal nas narinas de sua ave. Nebulizadores nasais criam dependência, desenvolvem rinite medicamentosa e contraem os vasos sanguíneos. Ao usá-los nas narinas eles contraem os vasos nasais e, ao mesmo tempo, contraem também os vasos do coração, pois eles entram na corrente sanguínea.
Se a ave está com catarro ralo e espumoso, nariz entupido e espirros, não fique esperando para socorrê-la.
Sinusite:
Corrimento frequente das narinas. Os olhos podem ficar vermelhos semelhantes à conjuntivite, podendo apresentar inchaços e pus. A ave não come, permanece com a cabeça embaixo das penas e pode até ir para o fundo da gaiola. A respiração é difícil e a ave esfrega o bico no poleiro ou nas grades. Leve ao veterinário para que receba tratamento adequado e eficiente.
Bronquite ou Traqueíte:
São causadas por correntes de ar, mudanças bruscas de temperatura ou locais onde não há renovação de ar. Há perda de apetite, narinas obstruídas, bico aberto, catarro. A ave não canta e fica embolada. Separe-a das demais e procure ajuda com veterinário, imediatamente.
Papilomatose:
Acontece por causa das mudanças climáticas. Separe a ave das demais e coloque uma lâmpada para aquecê-la, com cuidado para o calor da lâmpada não queimá-la. A doença é fatal. É necessário limpar o nariz da ave, tirar a secreção e procurar com urgência o veterinário, pois o agente etiológico dessa doença é a clamydia psittaci. Não tente fazer tratamentos caseiros ou dar remédios indicados por curiosos. Haverá a necessidade de exame para diagnóstico e receita do veterinário determinando o remédio, a dosagem e o tempo a ser ministrado. Esta doença é uma zoonose, por isto seja bem cuidadoso com a higiene após o manejo.
Sintomas:
Febre, prostação, coriza, tosse, cefaléia, problemas respiratórios das vias aéreas inferiores ou superiores.
Aspergilosis:
Ataca mais as aves imonodeprimidas, em reprodução ou aves jovens. É doença causada por fungo e pode ser fatal.
Sintomas:
Dificuldade de respirar, respiração acelerada, mudança na voz, fezes anormais, regurgitação, perda de apetite, diarréia, emagrecimento, secreção nasal, sonolência e lesão dos órgãos respiratórios. O veterinário deve ser procurado com urgência.
Tratamento:
Consiste em anti-fungísticos e imunoestimulantes receitados pelo médico veterinário após avaliação.
Aspergilose Respiratória:
Causada por parasitas ou fungo de alimentos semi-deteriorados.
Sintomas:
Mostram que a ave parece estar suada, as fezes esverdeadas, movimento de cauda ao respirar e abrir e fechar do bico com muita frequência. A respiração pode, em certos casos, ser bastante ruidosa.
O veterinário deve ser procurado, rapidamente.
Asma:
Vamos lembrar que chamam de “asma” o que, na verdade, é bronquite. Para aves que têm “asma” devem-se evitar as causas que são: Poeira, friagem, alimentos condimentados, gaiolas sujas, mudanças no clima, materiais de limpeza, perfumes e má renovação de ar.
Sintomas:
Respiração difícil, acesso asmático frequente e ofegante. Em casos muito graves os sintomas são imobilidade, olhos entreabertos, penas soltas respiração acelerada intermitente com emissão de pequenos gemidos ou chiados.
Tratamento:
Consiste em eliminar frio, vento, poeira, umidade e agentes causadores de alergia. Colocar a ave em gaiola aquecida, constantemente, com temperatura de 30 graus. Se você tem ave com “asma”, tenha em casa um inalador para acudi-la nas horas de crises. Fale com o veterinário para que ele indique o remédio a ser colocado no inalador. Ao fazer a inalação segure sua ave com as narinas dentro do bocal e lembre-se de proteger o corpinho dela com as mãos para que ela não pegue umidade e friagem.
Pneumonia:
A ave fica “embolada”, coloca a cabeça sob as asas, a cauda acompanha o ritmo respiratório, febre, asas caídas, falta de vivacidade, as penas ficam soltas e arrepiadas.
As causas são queda repentina de temperatura, ambientes quentes com correntes de ar, banhos excessivos em dias frios.
Tratamento:
É feito com antibióticos que devem ser receitados por veterinário.
Acaríase Respiratória:
Ataque do Stermostoma Tracheaculum nas vias respiratórias. Causa respiração difícil, ofegante, tosses, plumagem desalinhada, emagrecimento, abertura do bico sincronizado com movimentos respiratórios. A ave deve ser isolada e levada ao veterinário para prescrever antibióticos. Conjuntamente com a medicação a gaiola ou viveiro deve ser desinfetada, diariamente, com solução que o veterinário também deve indicar.
Doença de Pacheco:
Descoberta em 1930 pelo veterinário Genésio Pacheco, causado por um vírus do grupo herpes que se encontra no ar. A ave mantem se com olhos fechados, diarreia, prostração que faz encostar o bico no chão: Ataca o sistema digestivo, além do respiratório, quando há grande baixa de resistência. Só com um exame sofisticado, feito por poucos laboratórios, pode ser confirmada. A cura é muito difícil devido à fraqueza da ave, mas é válida a tentativa com suporte veterinário e medicação especifica.
Coccidiose Aviária
Doença do trato intestinal. A coccidiose representa uma constante ameaça às criações de aves como as Calopsitas, bicudos, curiós, canários, periquitos, etc... Aves mal alimentadas com rações pobres em nutrientes essenciais (vitamina A e proteínas) e submetidas a “stress” são as maiores vítimas desta doença. A transmissão ocorre quando os oocistos (protozoários) são eliminados com as fezes e a urina, contaminando os alimentos, a água e o ambiente onde as aves habitam, disseminando a coccidiose entre as elas.
A coccidiose é um parasita protozoário que provoca irritações no intestino. Um exame de fezes pode revelar a presença de oócitos de Coccidia. Este parasita é tão comum que a quase totalidade das rações industriais para aves inclui substâncias inibidoras da coccidiose.
O problema da coccidiose é que passa geralmente despercebida, pois o parasita vive no intestino sem causar muitos estragos, mas em qualquer momento, geralmente numa situação de stress, começa a reproduzir-se rapidamente e então já pouco podemos fazer, mas uma vez que inicie a sua reprodução o mais provável é que a ave morra. Humidade e calor e falta de higiene são propícias ao desenvolvimento dos coccídios.
É uma doença muito carregada por aves columbiformes, presentes nos seus tratos digestivos, mais frequentemente nos intestinos delgados, os coccideos e está presente em todos os continentes do Mundo.
Atacam tantos as aves que vivem soltas, como as que vivem em cativeiro.
Esta Protozoonose (doenças causadas por um ou vários protozoários parasitas), tem como principais responsáveis as eimérias e as isosporas, que se instalam em qualquer criatório, ainda mais nos que tem higiene precária, em aves que são submetidas a estresse alto.
Contra a instalação desta doença é imprescindível uma higiene rigorosa, artefatos para afastarem as aves (principalmente pombos) de visitarem criatório, evitar de receber visitas de estranhos, manter a alimentação balanceada principalmente em relação a vitaminas e entre estas a mais importante é a vitamina A.
A maneira mais usual das aves se contaminarem são os bebedouros onde aves defecam e deixam os oocistos dentro, e ao beberem desta água, se contaminam. A coccidiose , é uma doença muito complicada e debilita de forma aguda, ao se instalarem no trato intestinal, causam lesões que não permitem que as paredes absorvam os nutrientes usados nas dietas, causando fraqueza progressiva.
Diagnostico em exames de fezes coletados em dias alternados e muito eficiente para este diagnóstico é uso de Necrópsia, onde se constatam nos tratos intestinais, os vermes agregados a mucosa interna deste trato. Uma coisa muito interessante e que ajuda bastante os criadores, é que a ingestão continuada em pequenas quantidades de oocistos, imunizam as aves desta doença, tornando as resistentes aos cistos e a doença.
Sintomas:
Penas arrepiadas, sonolência, perda do apetite, diarreia de cor esbranquiçada ou avermelhada (com presença de sangue), fraqueza, palidez da pele, emagrecimento, problemas de reprodução e morte dos filhotes.
Tratamento:
É feito através da administração de um medicamento conhecido como Coccidiostáticos Dicionados (receitado pelo veterinário) na ração ou na água do bebedouro. Existe na indústria farmacêutica, vários produtos para prevenção da Coccidiose
Para prevenir o desenvolvimento da doença, deve-se ter muito cuidado com a higienização da gaiola, poleiro, casinhas, ninhos, comedouro e bebedouro. Estes devem ser limpos diariamente. A alimentação deve ser oferecida em um recipiente fechado com uma abertura (Esse cuidado evita que elas defequem dentro do comedouro e contaminem o alimento) apenas para as calopsitas colocarem a cabeça e se alimentarem. Outro fator importantíssimo na prevenção é oferecer um alimento balanceado que atenda completamente as exigências nutricionais das Calopsitas, dietas balanceadas mantêm o organismo em equilíbrio, estimula o sistema imunológico e evita a produção excessiva de radicais livres e seus problemas, consequentemente diminui as chances de desenvolver doenças.
Psitacose ou Clamidiose: (extremamente contagiosa)
Transmitida pela bactéria Chlamydia Psittaci. É contagiosa e sua transmissão se dá através das vias aéreas, fezes, fluídos respiratórios e o contato com aves infectadas. (pássaros jovens e estressados, doentes, em dieta ou na muda) são os mais propensos a essa doença. A Transmissão Ocorre geralmente pelo ar, mas se dá pelo ambiente muitas vezes contaminado por resíduos os quais outras aves têm contato.
Sintomas:
A infecção normalmente não apresenta sinais clínicos, mas quando aparecem são: queda na fertilidade, anorexia, perda de peso, hipotermia, eriçamento das penas, letargia, diarreia amarelada a esverdeada, dispneia (falta de ar), sinusite, coriza, aerosaculite (inflamação dos sacos aéreos), pneumonia e desidratação. Aves que são portadoras, mas não estão doentes podem eliminar constantemente o microrganismo. Além dos sintomas já descritos também podem apresentar: depressão, falta de apetite, inchaço nos olhos, asas pendentes, tremores. Estes sinais vão variar conforme:
- O estado imunológico da ave.
- O grau de exposição ao agente
- A Forma de transmissão
- A presença de outras doenças pré existentes.
Podendo ocorrer de forma aguda, subaguda ou crônica.
Logo depois do emagrecimento progressivo e a caquexia (perda de peso aguda), as aves morrem com sintomas de paralisia no prazo de uma a duas semanas. Também podem ocorrer mortes repentinas sem sintomas da doença. Uma ave doente pode ser curada, mas continuará portadora da bactéria eliminando-a por meses.
ATENÇÃO: A psitacose é uma zoonose que pode contaminar o ser humano.
Tratamento:
É feito com antibióticos (receitados pelo veterinário) e tem altas taxas de cura quando feito em tempo hábil e corretamente.
Peito Seco
O Peito Seco não é propriamente uma doença, mas uma condição que a ave adquiriu devido a fatores como: parasitas, fungos, bactérias, vírus, tumores, coccidiose, problemas de nutrição, falta de higiene, má qualidade da água, etc...
A alimentação correta, atenção ao plantel, higiene e tratamento de manutenção em dia, fará com que incidência do Peito Seco seja reduzida a zero.
Sintomas:
O osso externo ou quilha' torna-se proeminente, devido à redução da musculatura peitoral.
Tratamento:
É imprescindível o diagnostico correto da causa do peito seco, devido ao fato de ser propriamente sintoma de doenças mais sérias.
O uso de antibióticos, alimentação regrada e com valor nutricional adequado e em alguns casos a indicação de suplementação vitamínica medicamentosa.
Candidíase:
Leveduras e outros tipos de fungos fazem arte da microbiota das aves, estando no trato gastro intestinal e na pele normalmente. O agente principal da candidíase é a Candida albicans, que sob certas condições causa a candidíase no trato gastrointestinal.
É muito comum em filhotes, onde surge como infecção primária; e como agente oportunista nos animais imunossuprimidos.
Sintomas:
Uma das características da infecção é formação de placas na cavidade oral e trato digestório. Sinais mais comuns são: A dificuldade de respiração, vômito, diarreia, perda de peso e papo dilatado. Conforme o grau de infecção pode surgir outros sintomas: na pele podem aparecer formações de hiperqueratoses (produção excessiva de proteínas, tais como as queratinas. Em humanos, o termo é normalmente aplicado para referir um endurecimento da pele.), na comissura do bico, nas narinas, próximo da cloaca e até nos folículos das penas.
O diagnóstico é feito pelo estado geral da ave em um exame clínico veterinário, dependendo do grau de infecção exames laboratorial.
Tratamento:
Geralmente é feito com limpeza do papo, hidratação da ave e fungistáticos específicos conforme a necessidade da ave.
Constipação:
Calopsitas raramente sofrem de constipação, mas quando ocorre pode ser causada por ingestão de objetos estranhos, pedrinhas, dietas pobres, má higiene, tumores, ovo preso, hérnia ou obstrução da cloaca.
Tratamento:
Você pode limpar a cloaca com pano úmido em água morna e oferecer brócolis (cru), couve (crua) e papaia (mamão) para ele comer. Além de procurar um veterinário para diagnosticar a causa.
Protozoários e vermes:
Enfraquecem sua ave fazendo com que elas emagreçam, perca o apetite, a vivacidade e sejam acometidas de diarreia. Podem ser detectados por exames de fezes completos, atento que o exame simples feito no consultório não é o indicado, é necessário solicitar o exame completo.
Tratamento:
Após a realização de exames e o diagnostico o uso de vermífugos específicos é indicado
Inchaços:
Geralmente, inchaços ou caroços que surgem nas aves são benignos ou causados por traumas. Exemplo, se sua ave voar de encontro a algum objeto e bater com força, pode desenvolver um hematoma, que irá desaparecer com o tempo.
Mas há várias outras causas, como abscessos, cistos, gota/artrite, incrustações no bico e olhos (geralmente são causados por sarna), depósitos de gordura sob a pele, e até tumores.
Os abscessos são inchaços quentes, doloridos, avermelhados e duros ao toque, causados por deposição de pus (em decorrência de alguma infecção bacteriana) e geralmente encontrados embaixo dos olhos, pés e bico.
Se não tratados, a infecção poderá se espalhar por órgãos vitais, como pulmões, coração, rins e cérebro, através da corrente sanguínea.
Tratamento:
O ideal é procurar ajuda médica, para administração de antibióticos.
Conjuntivite:
As aves infectadas normalmente mostram vários graus de espessamento, crescimentos em torno dos olhos. Em casos extremos, esses crescimentos podem cobrir completamente os olhos. Os olhos apresentam se muitas vezes avermelhados e lacrimejantes. Aves com conjuntivite também podem sofrer de problemas respiratórios associados, o que pode resultar em morte.
A conjuntivite pode ser causada por uma série de fatores, incluindo ferimentos, bactérias, fungos, nematoides e protozoários.
Tratamento:
É necessário ter um diagnostico correto para determinar exatamente o que fazer com cada caso de conjuntivite, que pode ser um sintoma de várias doenças.
Micoplasma:
Muitas espécies de aves podem ser contaminadas pelos Mycoplasmas, inclusive calopsitas e a grande maioria dos pássaros ditos de gaiola. Embora possa atingir a ave em qualquer idade, a incidência é maior entre os filhotes.
Os Mycoplasmas mais encontrados nas grandes criações de aves são o Mycoplasma gallisepticum, que provocam lacrimejamento, catarro nasal, problemas respiratórios com tosse e inchaço dos seios infraorbitários pela sinusite, saculite, queda na produção de ovos e septicemia secundária pela Escherichia coli, vale lembrar que coisa ruim nunca vem sozinha; o Mycoplasma synoviae, que se manifesta por diarréia esverdeada, inchaços das almofadas das patas e nas articulações dos membros anteriores (asas) e posteriores (patas) que levam a ave a movimentar-se muito pouco. Nas articulações o quadro típico é o de sinovite (inflamação da membrana sinovial, revestimento interno da cápsula articular), principalmente dos tendões (tenossinovite), como acontece comumente nos jarretes. A bursite (inflamação da bursa, bolsa contendo líquido situada em locais de atrito mais forte) do osso esternal pode a piorar a respiração e Mycoplasma meleagridis, manifestado por queda da fertilidade, mortalidade de filhotes, deformidades de membros e pescoço, sinais respiratórios de média intensidade, catarro nasal, inflamação e inchação dos seios infra-orbitários (sinusite).
O Mycoplasma iowae está também entre os mais encontrados, provocando mortalidade embrionária e queda na fecundidade dos ovos A incubação varia com a espécie de ave e do Mycoplasma, girando em torno de 6 até 21 dias. A mortalidade pode ser alta, podendo chegar a 90% entre os filhotes. A doença dissemina-se lentamente aos olhos do criador.
Sintomas:
Devem estar atentos para os primeiros sinais como o pestanejar frequente e a arranhadura das pálpebras. Aos poucos o estado geral vai se deteriorando, as pálpebras incham-se, a ave torna-se incomodada com a luz (fotofobia) e os olhos ficam encatarrados. Pode haver letargia, ficando a ave indiferente ao meio ambiente, inapetente e sonolenta, chocalhando a cabeça para remover secreção nasal grossa. Aos poucos vai perdendo peso. À inflamação da pálpebra (Blefarite) ou da conjuntiva (conjuntivite) pode seguir inflamação da córnea (Ceratite) que, nos casos mais sérios, pode levar à cegueira e morte por caquexia pela ave não ter condições de achar ou movimentar-se até o alimento. Muito característico é o aumento, às vezes gigantesco, com pouca ou nenhuma secreção, dos seios infraorbitários.
O pássaro fica dispneico (falta de ar), principalmente quando está excitado, e respira com o bico aberto. Podem ser ouvidos sons respiratórios murmurejantes. Algumas espécies de Mycoplasma e Acholeplasma podem ocasionar alta mortalidade embrionária. Em algumas espécies de aves, pode haver infecção com necrose do falo, infecção da cloaca (Cloacite), Saculite (infecção dos sacos aéreos), orquite (infecção do testículo) e peritonite (inflamação do peritônio, membrana serosa que reveste internamente as cavidades abdominal e pélvica e externamente as vísceras nelas contidas.
Muitas vezes os Mycoplasmas lesam as mucosas e preparam o terreno para infecções secundárias por bactérias como a Escherichia coli, vírus e fungos. A infecção pode ficar endêmica num criadouro com pequenas evidências da sua presença como sinais respiratórios vagos, lacrimejamento, sinusite ou debilidade. Somente após contaminar um grande número de aves, ou nas situações estressantes, torna-se aparente. Este é um aspecto muito sério do problema e que deve ser sempre levado em conta por todo criador consciente.
Os Mycoplasmas estão entre os agentes que mais comumente provocam morte embrionária, ou morte dentro da casca. Chegam ao ovo pelo oviduto ou pelo sêmen de machos infectados.
Tratamento:
Além de tratamento com antibióticos e o tratamento juntamente com forte atuação do veterinário, o papel do criador na profilaxia é essencial:
A manutenção higiênica do local onde está instalado o criatório deve ser diária, evitando o acúmulo de dejetos e restos alimentares. Na época do verão o desdobramento desta manutenção deve ser realizada de forma constante.
O uso de detergentes e outros produtos de limpeza bactericidas deve ser feito com orientação técnica e veterinária adequada a cada tipo de criação, lembrando que calopsitas e algumas aves são sensíveis a odores fortes. Não cabem improvisações. Lavar de maneira individualizada, os utensílios também com água filtrada. Se for possível, pelo menos uma vez por mês, ferver os utensílios resistentes à fervura, principalmente as grades e as bandejas do fundo da gaiola. Se for organizada uma rotina, mesmo nos criatórios maiores as atividades profiláticas serão relativamente fáceis.
Tratar as fêmeas contaminadas por Mycoplasma é essencialíssimo porque podem infectar os filhotes.
Tratar os machos galadores infectados, pois poderão contaminar o plantel numa proporção geométrica. Criam uma cadeia de infectividade progressiva: macho – fêmea – embriões ou ninhegos.
Manter em observação e isolados todos os filhotes nascidos de mãe e/ou pai contaminados.
Não caia naquela de dar antibióticos com finalidade profilática. São muito poucos os casos em que o uso profilático de antibióticos tem valor comprovado, fora o fato de que não se deve medicar nenhuma ave sem indicação veterinária. E a infecção pelo Mycoplasma não é um deles. Fazendo isso você estará criando cepas resistentes da bactéria, um problema para a sua própria família e para as suas calopsitas.
Cuidado especial com calopsitas trazidas de fora. Fazer a quarentena sempre é um bem praticável. Se a calopsita vier de um criador que mantenha boas condições higiênicas tudo fica mais fácil, mesmo assim sempre recomendo a quarentena. Já mencionada aqui na apostila ( Página 17).
Apesar de a transmissão ser através das secreções das vias respiratórias e genitais, condições anatômicas das aves, como a presença da cloaca que pode permitir contaminação das fezes e urina por parasitas existentes nas secreções genitais, deve-se ter alguns cuidados comuns no controle de parasitas, como as enterobactérias, que são transmitidas pela via fecal-oral. Esses cuidados tomam dimensão ainda maior se levarmos em conta que essas bactérias, principalmente a Escherichia coli, estão entre os parasitas capazes de agravar uma infecção pelos Mycoplasmas.:
Muito cuidado com as fezes das aves. O papel do fundo da gaiola deve ser trocado diariamente criando, não utilize jornal e se você usa areia na bandeja, tenha muito cuidado, pois, se não houver troca constante e higiene impecável, será um meio propício para manutenção dos parasitas, lembrando que estamos lidando com organismos microscópicos.
Muito cuidado com as gaiolas usadas.
As vasilhas contendo sementes, farinhadas, minerais e água devem ser colocadas de modo a evitar que sejam atingidas pelos jatos evacuatórios dos pássaros. Inspecioná-las diariamente e, se estiverem sujas com excrementos, desprezar o conteúdo e higienizá-las.
Cuidado com os poleiros, estes devem ser colocados de maneira que não possam ser sujos pelas fezes, pois, pelo hábito das aves limparem o bico neles após alimentarem-se, a contaminação será fácil.
Levar água filtrada e/ou fervida quando for sair, passear ou viajar, evitando dar a sua ave água da torneira sem as condições higiênicas seguidas em sua casa e criação. Se esquecer, é preferível dar água de garrafa tipo natural. Nem para o banho deve ser usada água de fontes desconhecidas.
Cuidado com a água do banho das aves. Deve ser, pelo menos, filtrada e, sempre que possível fervida. Tirar a vasilha logo que o pássaro terminar o banho.
Algumas vezes os parasitas podem ser trazidos para o seu criatório pelas patas de pássaros, como os pardais, pombos e rolinhas, ou das moscas. Telar as janelas, portas e as aberturas para a ventilação é medida recomendável. Não deixar lixo ou restos de comida expostos é essencial porque eles atraem pássaros, moscas e predadores, inclusive ratos. Muitas plantas também são atrativas para os pássaros soltos visitarem o criadouro. - O sol, pois onde entra o sol não entra o médico, ou o veterinário locais escuros, muito quentes e úmidos jogam para os bandidos (fungos, bactéria e vírus).
As medidas profiláticas são econômicas e tornadas rotinas, de fácil execução.
Polainas de casca nos pés e nas pernas:
Aparecem sob a forma de cascas, parecendo uma bota ou cobertura, que cobre os dedos e toda a canela das aves, dificultando a articulação o que pode levar à atrofia e à paralisia dos movimentos do pé. Mesmo sendo rara em calopsitas acho bom passar a informação.
É provocada por ataque de ácaros e pela falta de higiene e de banho. Quando é muito grave, neste caso para as aves que usam anilhas, chega a forçar e prender a movimentação do anilho, que terá que ser retirado imediatamente para evitar-se a gangrena.
Como profilaxia deve-se manter a gaiola o mais limpa possível, notadamente os poleiros, e propiciar condições para que a ave tome banho todos os dias.
Na terapia, uma única vez, usar-se como tratamento tópico o seguinte procedimento: colocar o pássaro no contentor e banhar em água morna os pés e as canelas, para amolecer as cascas. Após isso, alguns veterinários recomendam passar pomada que contenha bastante óleo e friccionar levemente com os dedos as áreas atingidas, até que o material da polaina se desprenda, tomar todo o cuidado para não forçar e na pressa arrancar a pele. Em seguida cortar as unhas, se necessário, e passar pomada desinfetante, antibiótica, fungicida e inseticida recomendada.
É importante também que se pulverize periodicamente a ave doente com solução de algum inseticida/fungicida direcionando o jato para os pés. Lembre se de consultar um veterinário.
Pevide:
Chamamos de Pevide à crosta que se forma na extremidade da língua de alguns pássaros, incluindo calopsitas, embora seja muito raro (Não é Impossível). Reflexo de uma inflamação que está associada a hipovitaminose. A principal causadora é carência de vitamina A.
Sintomas:
Um dos principais sintomas é o pássaro apresenta dificuldade para alimentar-se, abrindo e fechando o bico de forma constante. A calopsita passa a se alimentar menos e emagrece.
Tratamento:
O início do tratamento deve se iniciar quando a crosta esta se soltando com relativa facilidade, isso ocorre na medida em que esta crosta vai perdendo sua flexibilidade, quando esta poderá ser removida com uma pinça. Com a remoção da crosta facilita a alimentação da ave e esta começa a apresentar logo uma boa melhora.
No local deve ser passado um cotonete embebido com um antifúngico em solução oral indicado por um veterinário.
Existem hoje alguns estudos que apontam para uma associação de infestação parasitária com o surgimento da Pevide, embora essa seja uma conseqüência indireta. É indicado exame de fezes para identificação de infestações verminóticas e coccidiose.
Uma boa prevenção é adotar uma dieta equilibrada e controle verminótico do plantel rigorosamente indicado pelo médico veterinário.
Muda Francesa:
Calopsitas raramente sofrem de muda francesa, mas não podemos descartar nesta apostila nada que possa afetar nossas lindas aves. Para detectar a muda francesa é necessário fazer o exame de CIRCOVIRUS. A muda francesa é uma doença vírica.
O vírus responsável pela doença é um “polyomavirus”, ataca a aves pertencentes à família dos psitácideos (papagaios e demais bicos curvo), mas também a passeriformes e aves de rapina. O contagio produz-se a través do pó das penas, o conteúdo do estômago e dos excrementos, bem como de mãe para filho.
O contágio de uma ave infectada, ás suas crias é praticamente seguro, entre duas aves adultas bastante prováveis, embora neste caso não se evidencie o sintoma mais evidente, a perda das penas.
A doença apresenta duas formas, a crónica e a aguda. A aguda afeta os filhotes que ainda se encontram dentro do ninho, com idade de aproximadamente 20 dias. Os filhotes sofrem de falta de apetite, não digerem a comida que têm no papo, sofrem diarreias, hemorragias visíveis através da pele, perda de peso, tremores e paralisias das extremidades. Em poucos dias morre,. alguns filhotes não mostram sintomas antes de morrer.
Se os filhotes se infectam depois da sua segunda semana de vida ou tem anti-corpos irão sofrer da forma crónica: perdem as penas da cauda e/ou as das asas assim que as mesmas tenham acabado de lhes nascerem, depois voltam a crescer embora de forma mais lenta que em crias saudáveis bem como o desenvolvimento da restante plumagem o qual será mais lento. A margem de morte nesta forma da doença ronda os 20 % das crias. Uma vez adultos pode ser que a plumagem volte a nascer passado uma ou duas mudas mas não é de estranhar que uma ave fique sem as penas (da cauda e das asas) para o resto da sua vida. Em qualquer caso, será sem margem para dúvidas um portador do vírus que irá contagiar a outras calopsitas e aves de outras espécies com a doença. A doença em algumas espécies de psitacídeos e mais seria e pode levar à morte também de exemplares adultos.
Uma ave doente excreta o vírus com os seus excrementos, o conteúdo do estômago/bucho, o pó das penas; sobretudo em épocas de stress aumenta esta excreção. Por tanto, a época de reprodução e choco é especialmente perigosa e um contágio aos filhotes recém-nascidos é praticamente inevitável.
A única forma de atuar perante a aparição desta doença em grandes grupos de calopsitas, periquitos e demais aves é de interromper imediatamente a reprodução/choco e só voltar a por ninhos passados uns 5 a 6 meses. Neste período de tempo as aves infectadas criam anti-corpos á doença que logo passará ás seus filhotes através do vitelo dos seus ovos, protegendo-os sobre todo da forma aguda. Mas mesmo assim ainda podem aparecer juvenis com a forma crónica, que perdem a sua plumagem. Esta solução não é a mais indicada, pois acabaria por não erradicar a doença de uma vez por todas.
Causas:
Infecções bacterianas, parasitoses, deficiência metabólica ou é ligada à hereditariedade.
Sintomas:
O sintoma mais evidente é a perda das penas da cauda e das penas das asas (exceto as das guias) em aves jovens poucos dias ou semanas depois de saírem do ninho. Algumas aves chegam a perder toda a plumagem que lhes cobre o corpo, outros só perdem algumas da cauda e/ou das asas, afetando desde logo a sua capacidade de voo.
Tratamento:
Verificar se o pássaro apresenta infestação por ácaro. Melhorar a condição nutricional do pássaro, reforçando vitaminas, cálcio e ferro na dieta. Cortar a pena deformada com uma tesoura e aguardar a próxima muda para sua substituição. Não arrancar as penas.
Prevenção: Dieta equilibrada e higiene.
Giardia:
A giárdia é um microrganismo unicelular, um protozoário, do mesmo grupo dos coccídeos, tricomonas e toxoplasmas. Possui flagelos que o auxilia na locomoção. A espécie que comumente afeta as aves é a Giardia psittaci, que é de uma espécie diferente da que parasita o homem, a Giardia lamblia. De um modo geral a psittaci não acomete o ser humano, nem a lamblia parasita as aves.
A contaminação se dá pela forma direta, ou seja, através da ingestão dos cistos de giárdia encontrados na água e nos alimentos. Os cistos é uma forma de resistência do protozoário, que permite sua subsistência por um tempo prolongado na matéria orgânica ou na água.
A disseminação desse microrganismo se dá pela eliminação dos cistos através das fezes das aves contaminadas. No organismo da ave o parasita habita o intestino delgado, principalmente o duodeno, onde se reproduz por divisão binária.
Sintomas:
No intestino da ave a giárdia pode permanecer um longo tempo sem apresentar sintomas, nesse caso o animal parasitado é denominado de portador assintomático, quando apesar de se apresentar sadio pode disseminar para o meio a forma contaminante da giárdia (o cisto).
O grupo de aves mais comumente afetado é o dos psitacídeos, porém os passeriformes também podem ser contaminados.
Alterações cutâneas também podem surgir como pele seca, prurido e arrancamento de penas. Podendo afetar também os filhotes recém-nascidos, causando debilidade e morte.
As fezes podem ter aspecto mucoide (com muco, semelhante ao catarro) e apresentar mau odor. Nas infestações maciças até um quadro de má absorção intestinal dos alimentos pode ocorrer, com perda de gordura e nutrientes pelas fezes, ocasionando um quadro de letargia e desnutrição.
O diagnóstico conclusivo é feito com a realização de exames de fezes seriados a fresco (com menos de 10 minutos após a evacuação). Vale ressaltar que um único exame negativo não afasta a possibilidade de contaminação.
Tratamento:
O tratamento mais eficaz é feito com antibióticos indicados por um período de 5 a 10 dias, sendo indicada a administração da dose diária diretamente no bico, pois a dissolução na água de beber pode reduzir a eficácia. Outra opção terapêutica é a administração de vermífugo de amplo expectro, que tem o inconveniente de alguns serem mais tóxico, podendo ocasionar alterações na plumagem e até a morte da ave. Geralmente está indicado o tratamento para todas as outras aves que estiveram em contato com o indivíduo infestado.
A reinfestação, muitas vezes confundida com resistência do parasita à medicação, pode se tornar comum se o ambiente que a ave vive não tiver um bom controle sanitário. Muitas vezes é necessário que seja repetido o tratamento periodicamente. Algumas aves nunca estarão completamente curadas da giardíase. Por isso é importante a visita regular ao veterinário de sua confiança e realização de exames.
O fundo da gaiola deve ser protegido por grade removível limpa e higienizada regularmente, os alimentos e a água devem estar fora do alcance dos dejetos, preferencialmente em recipientes externos à gaiola. Precisamos informar também que é importante impedir que aves silvestres (pardais, pombos, rolinhas e etc...) entrem e fiquem onde está sua criação, pois podem ser reservatórios da giárdia. Ter cuidado também ao adquirir novas aves, lembrando-se de realizar de forma correta a quarentena.
A grande verdade é que aves sendo submetidas à melhor profilaxia (utilização de procedimentos e recursos para prevenir e evitar doenças, como, medidas de higiene, cuidado com a alimentação, vacinação etc...) estarão mais protegidas de doenças infecciosas e parasitárias.
Fraturas:
Quando ocorre da ave quebrar um osso, a primeira providência é retirar os poleiros e colocar água e comida a disposição da ave no fundo da gaiola, evitando que esta tenha movimentos longos e de grande esforço.
Tratamento:
Será necessário engessar ou realizar imobilização em consultório veterinário, realizando estes procedimentos de forma correta levará mais ou menos um mês para estabilização e calcificação da fratura. Será necessária a indicação de um anti-inflamatório para tratar possível inflamação e dor que a ave possa ter ou sentir.
Coriza:
Apresenta se de forma aguda e lenta. As duas vêm associadas a bruscas mudanças climáticas, aves em locais úmidos, aves mal alimentadas, falta de vitamina C.
Sintomas:
Secreção aquosa nos olhos e narinas.
Com a evolução da doença, as narinas ficam completamente obstruídas. Os olhos, em virtude da infecção, ficam inflamados e a ave pode perder a visão.
Tratamento:
O tratamento como em todos os casos deve ser expressamente recomendado pelo veterinário, pois o uso de antibióticos e vitaminas se for utilizado um medicamento incorreto pode mascarar e disfarçar sintomas podendo piorar o estado de saúde a ave.
Colibacilose:
Doença infecciosa provocada pela bactéria Escherichia coli, pode ser encontrada como flora normal do intestino do homem, mamíferos e aves. As formas patogênicas para aves são específicas desse grupo e nunca foram encontradas contaminando qualquer mamífero. As formas não patogênicas assim como as patogências são eliminadas pelas aves através das fezes. A bactéria muitas vezes existe em estado latente e em geral aparece depois de alguma queda de resistência ou estado de estresse, principalmente o de fungos. Seus locais de ação são: pulmão - sacos aéreos - coração, fígado, ovários, oviduto, saco da gema do embrião e dos filhotes até a segunda semana de vida (cicatriz umbilical dos adultos), peritônio, podendo tomar toda a economia da ave, causando septicemias (infecção generalizada grave que se espalha por todo o corpo). É uma doença gravíssima em um criadouro, responsável pela dizimação de filhotes, todo cuidado é pouco. Se quisermos sucesso temos que evitá-la a todo custo.
Sintomas:
Os sintomas, nas formas mais graves, poliúrias (excesso de urina), dispnéias, morte súbita, crescimento retardado de filhotes, baixa eclodibilidade (rompimentos dos ovos), baixa fertilidade das fêmeas, febre, espirros, sede intensa e morte ao final do quinto dia.
Tratamento:
A profilaxia é feita com muita higiene, não deixar acúmulo de fezes, muita umidade e com o isolamento da ave suspeita. Como terapia usam-se os antibióticos, todavia é melhor fazer o antibiograma porque esta bactéria tem se mostrado muito resistente a muitos tipos de medicamentos.
Colibacilose II:
Para alguns autores, entre os pássaros a Escherichia coli chega a ser mais importante do que a Salmonella. Não há correlação entre os serotipos de Escherichias que acometem os humanos com os que acometem os pássaros porque ainda não houve a tipagem dos parasitas nos pássaros. Do mesmo modo, a patogenicidade da E. coli entre os pássaros não está bem clara. Na parede intestinal o mais encontrado é a inflamação catarral não específica provocada por uma enterotoxina, a qual leva o grande aumento da exsudação de líquidos para a parte intestinal. O grande achado é a lesão histológica que caracteriza a inflamação serofibrinosa (a fibrina é uma substância proteica, filamentosa, elástica e esbranquiçada que se deposita pela coagulação espontânea do sangue, da linfa e de alguns exsudatos. Faz parte dos processos inflamatórios) encontrada, principalmente, nos rins e no fígado. A inflamação serofibrinosa pode atingir outros órgãos como o olho (depósito fibrinoso na câmara anterior e uveíte), as serosas (membrana que envolve alguns órgãos como um saco e que secreta serosidade na sua face interna, o que facilita o deslizamento dos órgãos contidos nelas. São serosas a pleura que reveste os pulmões, o pericárdio do coração, o peritônio das vísceras abdominais e a túnica vaginal do testículo), as articulações e, mais raramente, o sistema nervoso central. As lesões serofibrinosas podem atingir os sacos aéreos. A pneumonia é rara, mas pode haver rinite primária ou secundária a outro foco da infecção. Os filhotes têm maior possibilidade de contraírem a pneumonia pela inalação de poeira do ninho contaminada. Os filhotes também são mais predispostos às infecções das articulações e da medula óssea, durante a disseminação das Escherichias pela via sangüínea (septicemia). A infecção dos órgãos genitais dos machos é mais rara, mas, atingidos os testículos, a esterilidade pode ser permanente. Creio que não precisamos pensar muito para atinarmos para a gravidade de uma infecção dessas num criatório grande ou com um manancial genético feito durante anos. Perdas qualitativa e quantitativa irrecuperáveis. As fêmeas podem apresentar inflamação fibrinosa do ovário e/ou do oviduto, geralmente processo crônico que termina com a infecção progredindo até o peritônio. O ovário pode ser atingido por bactérias vindas por via ascendente da cloaca ou de outros focos infecciosos principalmente dos sacos aéreos. Como as fêmeas somente possuem um ovário pode-se raciocinar que a esterilidade seja mais comum do que entre os mamíferos que têm dois ovários. Algumas cepas de Escherichias podem destruir a parede intestinal formando ulcerações e a temível enterite pseudomembranosa ou ulcerativa, caracterizada por ulcerações cobertas por pseudomembrana formada por material necrótico e fibrina que se destaca em placas e que são vistas geralmente em exames pós-morte. Outro aspecto patológico interessante é o chamado coligranuloma (formação tumoral de tecido conjuntivo jovem muito vascularizado formado no processo de cicatrização de uma úlcera ou ferida) encontrado na pele, no baço, no fígado, nos rins, no intestino; o centro do granuloma pode estar mineralizado.
Sintomas:
Nas infecções limitadas à parede intestinal há diarréia líquida, amarelada ou esverdeada, algumas vezes com catarro e/ou sangue nas lesões mais profundas e ulceradas, aumento do volume urinário, perda de peso e, nos casos mais graves, grandes perdas proteicas com consequente caquexia (fraqueza extrema). A grande perda de líquido e sais minerais pode levar às desidratações. A ave apresenta-se triste, encorujado, deixa de comer ou come muito menos e, se não for cuidado, corre grande risco de vida. Nos quadros septicêmicos há esses mesmo sinais, mas com características mais graves e acompanhados de letargia (indiferença ao meio ambiente e sonolência). Nos quadros com rinite, a ave mantém o bico aberto para ajudar na respiração e podem ser observadas secreções nasais. Nos acometimentos pulmonares o pássaro pode apresentar-se com a pele cianótica (azulada) e dispneico (parecendo muito afetado), respiração mais rápida e/ou profunda. As lesões articulares e da medula óssea são muito dolorosas, obrigando a ave a pousar num só membro e ficar relutante em movimentar-se (Mais uma causa de lesão do trem de pouso dos passeriformes para preocupações). As infecções dos órgãos genitais serão sentidas na falta de ovos férteis. Na realidade, ganhando a corrente sangüínea (septicemia) as Escherichias podem provocar abscessos em qualquer órgão.
Agora vem um probleminha. O diagnóstico laboratorial, diferentemente do que se pensa, não é fácil. Nas infecções que envolvem fluídos normalmente estéreis, como a urina, o sangue, a bile, as secreções pleurais ou peritoniais e o líquor, o isolamente da Escherichia por cultura é um dado fidedigno, desde que a coleta do material seja tecnicamente perfeita. Mas, no caso da cultura de fezes, sabendo-se que as Escherichias são também comensais integrantes da flora intestinal normal, o furo é mais embaixo e os resultados pouco orientarão no diagnóstico; para isso seria necessário tipar a bactéria por técnicas sofisticadas, como a ampliação do ácido nucléico, na busca de genes de bactérias potencialmente mais virulentas, as quais, somente são disponíveis em laboratórios de ponta a custos altíssimos. Portanto, não quero desanimá-lo, mas não confie muito que uma cultura de fezes positiva para Escherichia, com antibiograma baseado nela, irá resolver o problema de suas aves. Confie mais no olho clínico e na experiência do seu veterinário.
Como desde o início afirmamos, tratamentos são campos dos veterinários. Os genes que codificam a virulência e a resistência da bactéria aos antibióticos estão no mesmo plasmídeo (parte extracromossômica da célula bacteriana portadora de informação genética). O recado genético é o seguinte: se for usado antibiótico inadequado, cria-se a resistência e agrava-se virulência bacteriana. Portanto, se for indicado antibiótico, deve ser o mais adequado e usado dentro dos padrões técnicos que favoreçam a sua eficiência. O uso de antibióticos para evitar a doença somente irá selecionar as bactérias mais resistententes. Volto a insistir: somente usem antibióticos com a orientação do veterinário e evitem usá-los profilaticamente.
Pelo que leu acima não caia naquela de dar antibióticos com finalidade profilática. São muito poucos os casos em que o uso profilático de antibióticos tem valor comprovado. E a Escherichia coli não é um deles. Fazendo isso você estará criando cepas resistentes da Escherichia, um problema para a sua própria família e para suas aves. Cepas resistentes de uma bactéria que se propaga facilmente num criatório são comprovadamente casos de muita tristeza e perdas consideráveis de aves.
As Escherichias podem atingir o homem vindo dos animais (zoonose) e vice-versa para não ser injusto com as nossas avs. Portanto, além da importância do controle das Escherichias no plantel, as atitudes do criador passam a ter um sentido social mais amplo.
Tratamento:
O controle é relativamente fácil. O principal modo de transmissão é o fecal-oral: saída dos parasitas pelas fezes, contaminação do meio-ambiente e entrada pela boca. Desconhecer esse princípio básico é sem sombra de dúvida arriscar o seu plantel por menor que seja. Especificamente, alguns cuidados podem ser tomados pelos criadores e amantes de aves para evitar que o seu criatório torne-se foco exportador e importador de Enterobactérias:
Lavar rigorosamente as mãos com água e sabão, sabão mesmo, esfregando as unhas com uma escovinha antes de manusear as frutas, as hortaliças e a água que serão fornecidos aos pássaros. As mãos devem ser lavadas, sempre com água e sabão, antes e depois de manusear as aves ou os utensílios.
Lavar rigorosamente, com água e sabão, frutas e as hortaliças que serão dadas aos pássaros e enxágua-las muito bem. Podem ser deixadas por alguns minutos em solução água e vinagre ou de hipoclorito de sódio, não se esquecendo de enxaguar copiosamente antes de dá-las aos pássaros. Pela simplicidade, creio que o lavar as mãos e as frutas e hortaliças já será uma grande ajuda no controle desses parasitas.
Oferecer aos pássaros somente água filtrada. Os mesmo cuidados devem ser tomados com a água para os banhos dos pássaros. Esfregar bem os bebedouros para remover o biofilme líquido que fica na superfície e que pode albergar muitas bactérias. O ideal seria ter jogos de dois bebedouros para intercalá-los diariamente, possibilitando a secagem completa de um dia para o outro do que não estiver sendo utilizado. É bom lembrar que as Enterobacteriáceas, como as Escherichias, adoram água, sendo mesmo conhecidas como bactérias dos meios líquidos, lavar, se possível de maneira individualizada, os utensílios também com água filtrada
A manutenção higiênica do local onde está instalado o criatório deve ser diária, evitando o acúmulo de dejetos e restos alimentares. Ter um jogo de mangueira, pazinha de limpeza, baldes, vassouras, rodos, cestos de lixo, etc. somente para dentro do criatório. Se existirem mais de um ambiente, um jogo para cada um.
Tratar as fêmeas com Escherichia é essencialíssimo pela possibilidade delas infectarem verticalmente os filhotes.
Manter em observação e isolados todos os filhotes nascidos de mãe e/ou pai contaminados.
Muito cuidado com as fezes das aves. O papel do fundo da gaiola deve ser trocado diariamente (NÃO UTILIZE JORNAIS) e a bandeja deve ser limpa diariamente e colocada ao sol. Individualizar as bandejas para evitar usar bandeja usada em gaiola de aves contaminadas em gaiolas de aves não contaminadas, criando, assim, condições para disseminação da infecção pelo criatório. Se você usar areia na bandeja, se não houver troca constante e higiene impecável, será um meio propício para manutenção dos parasitas.
As vasilhas contendo sementes, farinhadas e água devem ser colocadas de modo a evitar que sejam atingidas pelos jatos evacuatórios das aves. Inspecioná-las diariamente e, se estiverem sujas com excrementos, desprezar o conteúdo e higienizá-las.
Muito cuidado com os poleiros. Devem ser colocados de maneira que não possam ser sujos pelas fezes, pois, pelo hábito das aves limparem o bico neles após alimentarem-se, a contaminação será fácil.
Cuidado especial com pássaros trazidos de fora. Fazer quarentena é imprescindível.
Com as aves adquiridas para compor o plantel a quarentena é obrigatória, a não ser que venham de criatório que mantenha rígidas condições de controle sanitário do plantel.
A quarentena deve ser para valer ou nem vale a pena ser feita.
Levar água filtrada e/ou fervida quando for a passeios, evitando dar ao pássaro água da torneira sem as condições higiênicas seguidas no criatório. Se esquecer, é preferível dar água de garrafa tipo natural. Nem para o banho deve ser usada água de fonte desconhecida.
Cuidado com a água do banho dos pássaros. Deve ser, pelo menos, filtrada, tirar a vasilha logo que a ave terminar o banho.
Calosidade nos pés:
Doença muito comum. É oriunda da falta de cuidado com os poleiros, bem como da observação adequada do crescimento exagerado das unhas.
Com o passar do tempo, se o poleiro não é limpo e desinfetado, torna-se ensebado e escorregadio, envolto em uma crosta de excrementos e restos de comida. Chega a brilhar de tanta sujeira e gordura.
Assim, o a ave em pouco tempo estará propenso a adquirir uma atrofia nos pés que mais tarde poderá se transformar em calo. Doença das mais graves e incômodas. Porta de entrada para uma série de infecções que pode levar a ave à morte.
Tratamento:
A profilaxia deve ser: Limpar sistematicamente todos os materiais existentes na gaiola; aparar periodicamente as unhas não deixar que se entortem com poleiros muito grossos. Como terapia, se limpa os pés com água morna, massageando as articulações das patas. Cortam-se as unhas. Em seguida, colocam-se poleiros tipo convexos durante 30 dias, descansando 8 dias, para colocá-lo de novo por mais 30 dias. É bom que se usem também poleiros de material macio.
Micotoxicose:
Os fungos são os maiores inimigos de uma criação. É uma doença de elevada mortalidade, talvez a que mais mata filhotes do terceiro ao 12 dias de vida, provocada pelos fungos Aapergillus fumigatus, Aspergillus flavus e Aspergillus glaucus.
Sintomas:
São: diarréia meio esverdeada, sede intensa, abatimento, tosse, febre, inapetência, crise de respiração com catarro, o pássaro fica abrindo e fechando o bico e expulsando catarro do nariz. Manifestações diarréias crônicas de cor amarelada também são comuns.
O grande problema ainda é que ela nos filhotes quase sempre vem associada a outra doença, notadamente a colibacilose e mycoplasmose. O diagnóstico pode ser feito através de microscópio, examinando a secreção catarral ou um esfregaço das vias respiratórias.
Tratamento:
A profilaxia de um modo geral é não se ministrar as aves comidas úmidas (de uma forma não natural, foi umedecida por temperatura ambiente), mofadas ou vencidas. Não mantê-las em ambientes úmidos e mal ventilados. A umidade nas gaiolas e no ambiente são as principais causas dessa doença. Os esporos (sementes de fungos) ficam no ar, à espera de algum ambiente úmido para ali formar uma colônia de fungos.
É muito difícil conseguir a cura. Existe terapia específica, porém não consegue atingir eficientemente o tipo de lesão granulomatosa formada na ave em diferentes órgãos. Existe medicamento fungicida natural, extraído de vegetais, para impedir o desenvolvimento desse fungo e consequentemente formação de suas micotoxinas, principal causadora de moléstias.
Podemos até terminar com os fungos, aquecendo no forno as sementes, todavia as micotoxinas são termoestáveis, ou seja, resistentes ao calor e tem um caráter acumulativo, isto é, cada vez que a ave ingere a micotoxina ela é depositada no seu organismo, não sendo eliminada facilmente.
As micotoxinas causam mortalidade em adultos e filhotes, baixa fertilidade, queda de resistência à doenças por atingir órgãos imunes etc. Interessante fazer periodicamente a fumigação ou seja retirar as aves do criatório e através de um fungicida em fumaça para exterminar os fungos do ambiente, lembre se as aves não podem estar próximas e aguardar 24h para lavar todo o criatório e repor as aves.