Como podemos saber se nossa Calopsita está doente?
As Calopsitas e pássaros de um modo geral possuem um interesse vital: Se proteger de predadores. Sendo alvos fáceis se possuírem alguma doença ou lesão.
Sendo assim, as aves "aprenderam" a disfarçar suas doenças e limitações. Por isto devemos sempre observar, quando uma ave apresenta sinais de doenças, é sinal de que já estão doentes a algum tempo.
Este é um dos motivos que sempre digo que o mais importante quando nos disponibilizamos a adotar uma ave devemos também aprender a observar, isso mesmo, assim vamos aprendendo a reconhecer sinais de alguns problemas precocemente.
Alguns fatores importantes que devemos sempre estar atentos são: Mudanças de comportamento, alterações nas fezes, mudanças na aparência e atitudes, aumento repentino de consumo de água, perda ou aumento de apetite, aumento ou ganho de peso, diarreia e respiração curta.
Muitos proprietários lamentam, mortes súbitas e se perguntam por quê. Mas quando questionados sobre sinais ou sintomas específicos, admitem mudanças, ainda que não soubessem que isso poderia indicar um problema. Por isso, é vital conhecer os hábitos e comportamento de sua Calopsita, para saber quando ela esta agindo diferente.
Em seu habitat natural os pássaros selvagens desenvolveram um instinto, podemos até arriscar dizer de sobrevivência, possuem um interesse e vital: se proteger dos predadores. Uma doença ou lesão os torna alvos muito mais fáceis prejudicando outras aves que estejam no mesmo local. Assim, com o passar do tempo às aves “aprenderam” a disfarçar suas doenças. Por esta razão, quando um pássaro mostra sinais da doença, eles já estão doentes há algum tempo.
É de extrema importância aprender a reconhecer os sinais precoces de problemas e sintomas que elas possivelmente possam apresentar. Muitos tutores lamentam, às vezes, mortes súbitas de suas Calopsitas, e se perguntam porquê. Mas quando questionados sobre sinais ou sintomas específicos, a maioria admite mudanças, ainda que não soubessem que isso poderia indicar um problema. Por isso, é vital conhecer os hábitos e comportamento de sua Calopsita, para saber quando ela esta agindo diferente.
Também é vital olhar diariamente as fezes, de modo a detectar variações na cor, quantidade e consistência, levando em consideração alimentação oferecida .
Deve-se sempre observar:
Mudanças no comportamento:
Observe que quando vc conhece sua ave nota quando uma calopsitas independentes se tornam mais carentes, ou mais amorosas se tornam retraídas, ou uma que seja normalmente brincalhona perde interesse por seus brinquedos, se elas ficam encorujadas (com aparência de estarem “infladas”, com as penas eriçadas), com asas caídas, desatentas, abatidas, sonolentas (olhos fechando constantemente), ficam no fundo da gaiola ou sentados no poleiro, postura baixa no poleiro (quase horizontal);
Mudanças no conteúdo fecal:
Fezes normais em uma calopsita, são fezes verdes (maior parte: porção intestinal), com urato branco ou creme seco e pastoso e urina incolor (parte renal), na quantidade de 25 a 50 por dia.
Se as fezes se tornarem pretas, aquosas, ou de qualquer outra cor sem que haja mudança na alimentação ou se elas diminuírem muito em quantidade é um problema;
Mudanças na aparência e atitude, mudanças no apetite (perda ou aumento), maior ingestão de água, mudanças ou perda da voz, mudas prolongadas (com penas perdidas e não repostas), hábito de arrancar ou mastigar as penas (auto-mutilação). Cauda batendo (acompanhando a respiração), fraqueza, balancar freqüentes da cabeça, olhos com aparência cansada, respiração ofegante e dificultosa ou mais forte que o normal, secreção ao redor das narinas ou olhos, barulhos ao respirar (chiados ou espirros), penas manchadas de marrom acima das narinas (sinal de nariz escorrendo), vômito, diarréia, cloaca suja, inchaços, desidratação, pés gelados;
Qualquer sinal de alteração na sua Calopsita deverá ser levado a sério, procurando-se um veterinário de aves rapidamente, pois as aves, após o desenvolvimento da doença, podem morrer rapidamente se não tiverem auxílio profissional.
Primeiros socorros
Dependendo da situação ocorrida podemos realizar em casa o auxilio, porem alguns são somente paliativos para cessar leves sangramentos de canhão e dor. Nunca medique ou trate de qualquer lesão ou ferimento se você não souber lidar com a situação, se a ave estiver muito agitada o auxilio de outra pessoa se faz necessário.
Abaixo, listamos alguns problemas comuns e possíveis soluções caseiras, a maioria dos casos recomenda ajuda veterinária, principalmente quando há qualquer sinal de doença.
Aumento no consumo de água:
Água é essencial para qualquer ser vivo. As aves a absorvem das frutas, vegetais e da água que bebem. Um canário morre em um dia sem água. As calopsitas, em razão de seu habitat em terras secas da Austrália, conseguem ficar um pouco mais sem água, mas não é bom testar isso. As calopsitas bebem ao redor de uma colher de chá por dia. Mantenha sempre água limpa e fresca, todos os dias.
Estresse, calor, aumento de atividade ou exercícios físicos, diarréia e o uso de alguns medicamentos (como antibióticos) podem fazer com que sua ave beba mais água.
Também costumnam ingerir mais água quando estão alimentando filhotes.
Mas o consumo excessivo de água pode indicar doenças graves, como diabetes, doenças do fígado e rim, infecções urinárias ou peritonite.
Caso a sua Calopsita pareça saudável, apesar de beber mais água, não se preocupe. Mas se há algum sintoma ou se você está realmente preocupado com a quantidade de água consumida, procure um veterinário.
As Calopsitas, tal como outras aves, transpiram ao ofegar, causando perda de calor e água. Assim, se ela está em um ambiente quente ou com incidência solar direta, isso acarretará aumento no consumo de água, em razão da perda excessiva.
Perda de apetite:
Mudanças no apetite podem ser resultantes de estresse (causado por mudanças, como novos barulhos, nova gaiola, novos membros na família, nova comida) ou ambientes quentes. Se a sua Calopsita não se alimenta bem um dia ou outro, mas permanece alerta e ativa isso não é motivo para preocupação.
No entanto, uma queda no apetite pode ser um indicador de problemas. É importante lembrar que as aves, principalmente as de menor porte, possuem um metabolismo muito rápido, e por isso se alimentam com muita freqüência, várias vezes ao dia. Uma ave doente que não come direito não consegue manter sua temperatura corporal ela acaba ficando encorujada, para manter-se aquecida.
Se por alguma razão sua calopsita se recusa a comer por mais de dois ou três dias, é necessário forçar a alimentação com papinhas de filhote e oferecer água no bico para manter a hidratação. Se conseguir alimentar sua calopsita sem estresse com uma colher e preenchendo o papo ao menos parcialmente, não há problemas, diminua o espaço entre os horários de oferecimento.
Mas se não conseguir isso, será necessário auxilio veterinário para com material específico e esterilizado injetar o alimento direto no papo, NÃO TENTE FAZER ISSO SOZINHO..
Aumento no apetite:
Aumento nos exercícios, queda de temperatura, postura de ovos ou alimentação de filhotes provocam nas aves um aumento da necessidade normal de comida, especialmente calorias e proteínas. Nesses casos, não é necessário se preocupar.
No entanto, um aumento no apetite poderá indicar diabetes (os sinais iniciais de diabetes são aumento no consumo de alimento e água, perda de peso e fezes mais líquidas), vermes, giardíase, problemas pancreáticos, intestinais ou hepáticos. Em qualquer caso, se houver sinais de doença, procure um veterinário.
Perda de peso:
As Calopsitas perdem peso se elas queimam mais calorias do que ingerem, por excesso de exercício, estresse, ou diminuição do apetite. O peso de uma calopsita pode variar, e o que você acha ser baixo peso pode ser normal.
Abaixo, há uma tabela que pode ser usada como referência do peso esperado de uma calopsita.
Idade Peso (em gramas)
0-2 dias 4-6
3-6 dias 5-12
1-2 semanas 12-45
2-3 semanas 45-72
3-4 semanas 72-108
4-5 semanas 80-120
5-6 semanas 80-90
6-7 semanas 80-95
7-Adulto 90-110
Calopsitas realmente abaixo do peso são facilmente reconhecíveis, pois perdem gordura na região peitoral, fazendo com que a quilha se torne muito proeminente.
Nesse caso, a perda de peso deve ter causas patológicas, como problemas no pâncreas, fígado e intestinos (nesses casos, a comida não é absorvida corretamente), problemas renais, diabetes, giardíase, vermes, coccidiose e mais uma lista imensa.
O que se deve fazer a principio e observar se a ave está rejeitando a alimentação oferecida, se ela consegue abrir as sementes ou ingerir a ração, a ave as vezes não está gostando da alimentação, ou se um alimento novo não foi bem aceito.
Tente aumentar a quantidade de comida, ou troque por algo que ela goste mais.
Ganho de peso
Uma calopsita obesa poderá apresentar muitos problemas de saúde, incluindo dificuldade em respirar, estresse, diabetes, problemas cardíacos e hepáticos. As causas da obesidade poderão ser muitas, como ingestão de calorias em excesso, falta de exercícios, hereditariedade, hipertireoidismo, falta de lípase (enzima responsável pela queima de gorduras). No entanto, muitos problemas que ocorrem na região abdominal e peitoral podem ser confundidos com obesidade.
Entre estes, estão tumores benignos, hérnia, ovo preso ou ascite (fluído no abdômen). Se as hipóteses de problemas de saúde e hormonais estiverem descartadas, o ideal é submeter sua calopsita a uma dieta (redução mínima de 25%) e aumento na atividade física.
Aleijamento
Por definição, uma ave aleijada é aquela que não possui, ou não consegue usar, uma ou as duas pernas. As causas mais comuns são: infecção, dor nos pés, deslocamento, fratura, luxação, torção, queimadura, falta de exercício, pressão do nervo ou vaso que irriga a perna, deficiência nutricional, artrite, poleiros inapropriados, lesões nervosas.
Geralmente, quando as causas não são nervosas, problemas nos membros são causados por poleiros inadequados ou sujos.
Poleiros muito pequenos promovem o crescimento das unhas, e essas podem quebrar ou enroscar na perna, causando dor e lesões, inclusive fraturas. Poleiros sujos, enrugados ou molhados podem irritar o pé da ave; nesse caso, lave a região irritada com água morna e passe alguma pomada tópica. Os poleiros devem estar sempre secos e limpos e devem ser de vários tamanhos, para que a ave exercite a musculatura do pé. Em qualquer caso, ainda mais se você achar que a causa é nervosa ou por lesão, procure ajuda médica.
Alergias
Muitos produtos podem causar alergias em Calopsitas. Os sintomas mais comuns são flatulência, inflamação da cloaca ou espirros freqüentes. É muito importante que você tente achar a causa: algum lençol ou cobertor que cobre a gaiola, flores ou plantas, sprays, produtos de limpeza, alguma comida, cigarro ou fumaças em geral são
as causas mais comuns.
Inchaços
Geralmente, inchaços ou caroços que surgem nas aves são benignos, e causados por traumas. Por exemplo, se sua ave voar de encontro a algum objeto e bater com força, pode desenvolver um hematoma, que irá desaparecer com o tempo. Mas há várias outras causas, como abscessos, cistos, gota/artrite, incrustações no bico e olhos (geralmente causados por sarna), depósitos de gordura sob a pele, e até tumores.
Os abscessos são inchaços quentes, doloridos, avermelhados e duros ao toque, causados por deposição de pus (em decorrência de alguma infecção bacteriana) e geralmente encontrados embaixo dos olhos, pés e bico.
Se não tratados, a infecção poderá se espalhar por órgãos vitais, como pulmões, coração, rins e cérebro, através da corrente sanguínea. O ideal é procurar ajuda médica, para administração de antibióticos.
Ausência de penas na cabeça:
A mutação lutino é bem conhecida pelo seu defeito genético de gerar calopsitas carecas (algumas mais, outras menos). Mas a perda de penas na cabeça pode ser também devido a outras calopsitas agressivas; nesse caso, a única solução é separar as aves.
Há uma doença séria, denominada PBFDS (Psittacina, doença do bico e penas) que promove crescimento anormal de penas (deformadas, enroladas, comprimidas ou unidas) na cabeça e no corpo, além de provocar queda do sistema imunológico, pneumonia, hepatite e problemas gastrointestinais.
Regurgitação
A regurgitação é a expulsão do conteúdo do papo.
As causas mais frequentes são comportamentais , bloqueio do trato digestivo superior, aumento das glândulas tireoides e infecções no papo, envenenamento por metais ou produtos químicos.
Algumas vezes calopsitas podem regurgitar para um brinquedo, espelho ou para uma pessoa, na tentativa de alimentá-los. Isso é uma profunda demonstração de carinho.
A regurgitação também poderá ocorrer por um bloqueio no papo, ao engolirem algum objeto que obstrua seu trato digestivo ou pelo consumo excessivo de areia (elas geralmente ingerem pedregulhos para ajudar na digestão, quando estão com alguma indisposição gastrintestinal).
Nesse caso, algumas gotas de óleo mineral e massagem no papo ajudam. Outra causa comum é o aumento da tireóide, principalmente se a dieta for pobre em iodo.
Diarreia
É um dos problemas mais comuns nas aves, podem ser um prenúncio de problemas graves. Um excremento normal consiste em uma mistura de fezes (a parte verde e firme) e urina (constituída da urina em si, liquida, e de uratos, mais consistentes e brancos).
A diarréia pode ser causada por problemas no trato digestivo e órgãos associados (pâncreas e fígado) ou urinário, por infecções bacterianas, psitacose, giardíase, candidíase, mudanças na dieta (principalmente pela ingestão de frutas), medicamentos e estresse..
Retire da dieta dela legumes, verduras e frutas,por um tempo e observe se vai cessar a diarreia.
Mas se a diarreia não melhorar e sua ave apresentar qualquer outro sintoma procure um veterinário com urgência,
Espirros e secreção nasal
Espirros poderão ser causados por irritações passageiras e alergias, mas também podem ser sinais de problemas respiratórios. Nesse caso, podem ser acompanhados de tosse (é possível ouvir chiados vindos da garganta) e inflamação na garganta (mudanças na voz ou canto).
Quando as narinas estão com alguma secreção, as penas acima das narinas ficam amarronzadas. Esse problema pode ser causado por sementes ou algum objeto que entrou nas narinas, irritação causada por aerossóis ou infecções. Uma infecção respiratória tem como sinais secreção nasal e ocular, penas eriçadas, letargia, arrepios e respiração ruidosa ou com dificuldade.
As causas mais comuns de infecções são variações grandes de temperatura no ambiente. É proibido deixar sua ave ao lado de aquecedores de ar ou ar-condicionado, ou ainda deixá-la em locais com correntes de ar ou exposta a chuva. Se o problema é algum objeto nas narinas, tente retirá-lo cuidadosamente com cerdas de escova ou cotonete.
Respiração curta
A respiração rápida e curta pode ser provocada por altas temperaturas; a ave respira de modo ofegante para se refrigerar. Elas também têm esse comportamento quando estão assustadas ou nervosas. Em todos estes casos, basta deixá-la em um local ventilado ou deixá-la se acalmar que sua respiração voltará ao normal.
Mas se sua ave realmente está com dificuldades em inspirar e expirar pode haver alguma obstrução no peito, pulmão ou vias respiratórias. Por exemplo, um aumento abdominal causado por tumor, peritonite (causada por ovo preso) ou ascite pode impedir a expansão total da caixa torácica.
A dificuldade em respirar também pode ser causada por infecções bacterianas ou por fungos e ácaros. Em todos esses casos, o ideal é ter ajuda veterinária.
Problemas no bico
O bico para uma Calopsita é imprescindível: é com ele que a ave come bebe, se defende, sente o mundo, e se movimenta. Um pássaro com bico defeituoso é infeliz e bravo. Além disso, se o problema impossibilitar que ele coma, ele poderá até mesmo morrer. Há várias doenças que podem afetar o bico, alterando a cor, provocando quebras, crescimento anormal, deformações, lesões e tumores.
Deficiências nutricionais (proteínas em falta e vitamina A em excesso) e infecções bacterianas também causam problemas.
Quando uma Calopsita é jovem e fratura o bico superior, o tratamento dá resultados satisfatórios. Existem procedimentos realizados por veterinários que apresentam resultados satisfatórios.
Se ocorrerem quebras, estas não afetam a alimentação, elas irão ser reparadas com o tempo, e intervenções não são serão necessárias.
Problemas nos olhos
Os sintomas mais frequentes e indicativos de problemas nos olhos são piscadas freqüentes, olhos fechados, vermelhidão, inchaço e secreção. Esses sintomas podem ser causados por infecções bacterianas, vírus, fungos e ácaros, deficiência de vitamina A, irritações (causadas por aerossóis, batidas ou briga com outra ave), psitacose, infecção nos sinos nasais ou abscessos.
Se houver alguma secreção, limpe com soro fisiológico, se não apresentar melhora procurar um veterinário. Evite produtos que possam causar irritação. Mantenha neste caso, sua Calopsita longe de luz intensa, que poderá á irritar mais ainda.
Agressão e bicadas
Bicar é um comportamento natural no ambiente selvagem. Os pássaros usam o bico para se alimentar, limpar, escalar, se defender, sobreviver, manter controle do bando. Quando uma Calopsita bica é em resposta a três comportamentos diferentes: medo, territorialismo ou por razões sexuais.
É fácil identificar um pássaro amedrontado: ele grita, fica arrepiado, tenta se esconder em algum canto da gaiola e fica com as penas eriçadas. Geralmente, uma ave responde desse modo a mudanças no ambiente, a movimentos repentinos, barulho alto, portas batendo, crianças berrando, trovões.
Uma ave também pode bicar se perder a confiança em você, achar que você representa perigo de alguma forma. Pássaros capturados, importados ou mantidos em quarentena são extremamente estressados, e geralmente apresentam problemas psicológicos, sendo muito defensivos.
O territorialismo em animais de estimação é expresso pela defesa da sua gaiola, brinquedos e comida. Caso a sua calopsita não quiser ter seu território invadido, ela irá bicar. Ela pode considerar sua mão um predador em potencial, e irá bicar dedos e mão.
Mudanças hormonais também afetam o comportamento de sua calopsita. Chega uma fase em que sua calopsita quer acasalar ; se isso não ocorre, ela se sente frustrada e acaba bicando. Mas esse comportamento é passageiro.
Se, no entanto, sua ave escolher um humano como parceiro, ela ficará possessiva, bicando qualquer um que chegue perto. O pior poderá ocorrer quando sua calopsita escolher você como parceiro e você não corresponde; nesse caso, ela irá te bicar.
Podem ser feitas algumas coisas para diminuir ou parar com as bicadas desde que a causa seja identificada.
- Ignore o comportamento negativo, mesmo que a bicada doa, mantenha o comportamento desejável, com afagos e elogios.
Se cada vez que a ave bicar você responder de algum modo agressivo ou intempestivo as bicadas irão continuar.
- Não permita que sua Calopsita fique em cima de sua cabeça; isso faz com que se sinta dominante; permita apenas que ela se empoleire no nível do seu peito (ombros).
- Mantenha as asas cortadas: isso faz a ave se sentir mais dependente.
Abaixo, estão alguns sinais que, se apresentados, sua ave deve ser levada ao veterinário imediatamente.:
- Cabeça inclinada: as causas mais comuns são traumas na cabeça (por exemplo, batidas durante o vôo), envenenamento por metal pesado (chumbo), infecções (no ouvido interno ou generalizadas) e tumores.
- Descoordenação: infecções, toxinas, tumores e deficiências vitamínicos fazem com que sua ave fique cambaleante.
- Fraqueza: se a sua Calopsita não consegue se manter no poleiro, pode ser sinal de infecção generalizada, nutrição deficiente (falta vitamina E ou selênio), fraturas, danos nervosos, artrite, falta de cálcio no sangue ou tumores.
- Paralisia das pernas: tumores abdominais, infecções, traumas, nutrição deficiente (falta vitamina E ou selênio), ovo preso ou danos nervosos.
- Convulsões: podem ser causadas por envenenamento, deficiência nutricional, epilepsia ou doença infecciosa.
- Sangramento: Lave e limpe a área com soro fisiológico, se necessário pode cobrir o ferimento com gaze e segurar firme por 2 minutos ou até cessar o sangramento, limpe com água oxigenada 10 volumes, seque e aplique spray anti-séptico. Evite usar pomada em aves, elas podem bicar e acabar ingerindo o que pode gerar um outro tipo de problema e até mesmo intoxicação. No entanto, se o sangramento é em decorrência de uma pena em crescimento (que possui irrigação sanguínea) que quebrou ou foi cortada erroneamente, o ideal é arrancar a pena. Só assim o folículo irá fechar e parar o sangramento.
Para arrancar, uma pessoa deve segurar com cuidado a ave, enquanto uma outra arranca a pena na base, com uso de um alicate pequeno (pinça não serve!). Em seguida, aplique algum pó anti hemorrágico com cotonete diretamente no folículo e pressione com uma gaze, até parar o sangramento.
Piolho
Você poderá lavar sua Calopsita em água com vinagre que funciona bem. É uma colher de sopa de vinagre para um litro de água. Vaporizar por 4 dias (cuidado com os olhos pois arde).
Existem outros medicamentos que podem ser utilizados porém a indicação e modo de aplicação deve ser feita por um médico veterinário.
Vermífugo
Vermifugação é feita pelo menos uma vez ao ano mediante a realização de exames, geralmente a utilização deste tende a baixar a imunidade da ave. Ter atenção neste caso, pois indicam indiscriminadamente em grupos diversos o uso sem orientação.
Ovo preso
Ovo preso é a inabilidade de uma fêmea em expelir o ovo pela cloaca.
As causas mais comuns para esse problema são: fêmea muito jovem tentando botar seu primeiro ovo falta de cálcio na dieta, falta de vitaminas e minerais, obesidade, disfunção do trato reprodutivo, excesso de reprodução.
As deficiências nutricionais podem fazer com que a ave produza ovos com a camada externa menos dura e maior que o normal, ou ovos de formatos anormais. A camada externa macia faz com que os músculos do ovário e da cloaca não consigam empurrar o ovo adiante. Além disso, os músculos dessa região também podem estar fracos, por falta de uma dieta adequada, não conseguindo contrair de modo eficaz e expelir o ovo.
Os sintomas de um quadro de ovo preso são: pássaro sentado no chão da gaiola, sentado sobre a cauda, com as pernas estendidas, rabo batendo direto, distensão abdominal, esforço continuado, respiração difícil, falta de fezes e penas eriçadas.
O ovo preso também pode afetar os nervos que controlam a musculatura da perna, impossibilitando que a Calopsita fique empoleirada.
Em razão de esforço prolongado, a ave também fica fraca, exausta e pode até entrar em choque. O tratamento nesses casos requer ajuda médica, que em primeiro irá recorrer a técnicas não cirúrgicas (como injeção de cálcio e hormônio diretamente no fêmur, promovendo contração muscular) ou a retirada do ovo sem necessidade de cirurgia. É importante você NUNCA tentar retirar ou quebrar o ovo, pois isso poderá ser fatal.
O que você pode fazer de imediato é passar óleo mineral na cloaca e colocar a ave em um local quente e úmido (umidade 60%), como por exemplo, banheiro com chuveiro ligado. Isso ajuda os músculos a relaxarem e empurrar o ovo. Mas, se isso não acontecer em meia hora, corra para o veterinário.
Queimaduras
Borrife com água gelada duas vezes ao dia, Se a queimadura for por gordura quente, leve com urgência ao veterinário.
Choque por calor
Borrife as penas com água gelada e coloque os pés em água gelada. Coloque em um local fresco e arejado. Mas tome cuidado para evitar que a ave se resfrie.
Pesadelos” noturnos
É comum que sua calopsita se assuste à noite, com vultos se movendo, luzes ou barulhos. Em resposta, elas começam a bater freneticamente as asas, correndo serio risco de se machucar. Quando isso ocorrer, você deve acalmá-la até que ela volte ao normal. Para evitar esses sustos noturnos, o ideal é manter a gaiola coberta à noite.
Pediatria
Problemas comuns em filhotes
Durante a fase de filhotes, você deverá atentar para dois fatores: olhar por sinais de doenças ou ver se a mãe não está negligenciando ou machucando o filhote. Se um filhote ficar doente ou hipotérmico, a mãe provavelmente o abandonará. Os pais também recusam comida quando está muito quente ou frio, quando são inexperientes, quando há muito barulho ou atividade ao redor do ninho. Nesses casos, será necessário você mesmo alimentar os filhotes com papinha.
Outro problema comum é a mãe depenar os filhotes. Geralmente isso não é problema, mas se a situação for severa, separe a mãe, e deixe apenas o pai cuidando dos filhotes. Quando houver filhotes, mantenha os comedouros dos pais com alimentos mais palatáveis, como frutas, vegetais e ração para bebê. Se houver pouca comida, os pais irão alimentar filhotes com o que eles acharem: pedaços de poleiro, material do ninho, etc. O único problema em se alimentar filhotes na mão é quando você não tem noção de como fazer isso.
Há vários problemas que poderão ocorrer se você não tiver uma orientação prévia, geralmente causados por papinha fria ou quente demais ou pela administração errônea da papa.
Queimadura no papo: queimadura do papo e esôfago em razão de papa muito quente. A pele fica vermelha, e, se for muito sério, podem formar-se bolhas e feridas. Se a ferida se abrir, cria-se um buraco, e o papo fica exposto. Se você perceber a queimadura a tempo, inunde o papo com água fria. Se você perceber, após alguns dias, o papo inchado e descolorado, aplique vitamina A e D e alimente em pequenas quantidades. Mas se a queimadura for séria, a ponto de criar bolhas ou feridas, corra para um veterinário. Para evitar erros, a papinha deve sempre estar entre 100-106. Evite também esquentar a papinha no microondas, pois o aquecimento nunca é homogêneo, podendo haver bolhas quentes no meio.
Papo Azedo: Ele é causado pelo acúmulo de comida estagnada no papo, provocando uma descida mais lenta da comida; isso faz com que fique cada vez mais comida no papo, e essa vai ficando cada vez mais azeda, fermentada. As causas disso são comida muito frias ou excesso de comida, não permitindo o esvaziamento total do papo pelo menos uma vez ao dia.
Pneumonia por aspiração: pode ocorrer do filhote aspirar papinha, e essa ir para a traquéia e pulmões. Isso geralmente ocorre quando é dada papinha demais e o papo fica muito cheio, ou quando alguém tenta usar seringa para alimentar e o faz erroneamente. Quando há aspiração, a ave espirra, tosse, balança a cabeça e luta para respirar. Se ele ainda respirar, ele vai desenvolver pneumonia. A única solução, nesses casos, é veterinária.
Parada gastrintestinal: ocorre quando o papo se esvazia muito lentamente e o trato digestivo inteiro fica lento. Isso é causado por papo azedo, comida muito fria, muito grossa, ou por papos alargados por superalimentação. A primeira coisa a ser feita é verificar se a ave está eliminando fezes (isso é um bom sinal, pois indica que o trato digestivo não está totalmente parado). Todo o processo a seguir deve ser feito em um local quente, para que a ave não tenha uma hipotermia, e deve ser feito apenas por um veterinário ou alguém que saiba o que está fazendo.
Se o papo está apenas um pouco cheio, e já é hora da próxima refeição, injete com sonda 10 ml de Pedyalite e massageie com cuidado o papo. Se funcionar, a ave irá defecar em 1 hora. Repita até que o papo fique totalmente vazio. Só aí dê alimento normalmente.
Se o papo, ao contrário, não esvazia nem um pouco, será necessário esvaziar e limpar, com a ajuda de uma seringa e sonda próprias. Ao esvaziar o papo, analise o conteúdo: se houver grumos brancos, provavelmente é uma infecção por Candida; se for viscoso e fedido, é problema de infecção bacteriana. Para lavar o papo, misture Nolvasan com água morna (104 F) e injete 10 ml, deixando por 2 min, removendo em seguida. Repita o procedimento até que
essa água volte limpa. Coloque 5ml de Nystatin no papo (para combater a infecção por fungos) e, após 5 minutos, mais 5 ml de Pedialite morno (contra desidratação) ou água morna. Após 2-3 horas, dê uma quantidade pequena de papinha, bem diluída, e espere ver se a ave elimina fezes. Se isso não ocorrer, a única solução é correr para o veterinário.